A vida é minha, e eu conto ela do jeito que eu quiser!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Desorganização

Sim, eu sempre fui assim.
Não há como negar sua natureza
Quarto desarrumado e escrivaninha cheia de papéis
Bichos de pelúcia e escova de cabelo
Estante sem ordem nas prateleiras
O chão sem ter chão para pisar.
Mas isso não é nada.
Não, nem chega perto.
Diário desorganizado
Dias pulados, ou os dias de trás para frente
Sem ordem alguma
Palavras também bagunçadas
Que juntas podem até fazer sentido, mas não deveriam estar ali.
Narradores desorganizados
Meus eus-líricos se alternando aleatoriamente.

Hoje piso no quarto que tem chão para pisar.
Pego o livro na estante no lugar certo,
A cama arrumada, sem nada em cima
A escrivaninha sem o amontoado de papel
O diário em sequência dos dias
As palavras fazendo combinações líricas
Os narradores se alternando corretamente.
Mudei meus hábitos.
Sim, os tenho novos,
E mudei-os por um só motivo:
Mudar meu hábito interior, que permanece o mesmo:
Desorganizado.
Sentimentos confusos, contrários
Por pessoas erradas e certas
Da noite pro dia, do dia pra noite
Alternância entre amor e ódio
Aleatoriamente escolhendo pessoas para sentir
O que eu deveria somente sentir por uma
O choro, o riso
Por diversas razões em conjunto
Razões embaçadas, fora de ordem
Não, não mudei.
Sempre serei a mesma bagunceira
Que desarruma sozinha e com facilidade seu próprio interior
E não sabe arrumar depois,
Desorganizada.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Brincar de ser doente

Ter culpa... é ruim! Ter culpa por algo que você não fez... pior.
Hoje eu estava conversando com a sobrinha da minha avó (que tem a idade dela) e cara, eu me perguntei: "Qual a minha missão no mundo?" Eu quero mudar cada pedacinho dele que esteja ao meu alcance, eu posso mudar pouco, mas quero mudar, se eu não conseguir mudar, eu quero mudar a vida das pessoas para elas estarem aptas a mudarem o mundo também. Eu quero mudar a minha vida, eu quero ser menos o que eu sou, eu quero parar de admirar Gandhi. Sim, parar de admirar Gandhi, sendo como ele, sabendo perdoar e pregando a paz, não tem porque eu admirá-lo, eu quero ter um pouco dele no meu coração, um pouco de Madre Tereza, um pouco do guardador de carros honesto.

Eu quero chegar numa época, sim, eu vou viver para ver isso, que não vai haver mais razões para preocupações. A vida vai ser chata de tão perfeita, a gente vai fingir, vai inventar, vai brincar de ser doente. Vamos também brincar de morrer, ninguém morre mais! Brincar de morrer de fome então, é tão impossível que chega a ser engraçado. É, eu quero ver isso, quero ver todos ridicularizando as coisas que não nos atingirão. Quero alguém brincando de ser desonesto, hahaha! Leis? Que leis? A pessoa entende tão bem os valores morais que não existem mais leis. Desigualdades sociais? Sempre vão existir, de fato. Isso faz parte de uma sociedade como a nossa, elas só serão bem pequenininhas, não existirão ricos, nem miseráveis.


Agora.. vamos brincar! Quem quer brincar comigo? Ou quem quer levar tudo a sério agora, para brincar disso tudo depois?

domingo, 6 de dezembro de 2009

Desabafo

Sabe? às vezes eu queria ser a errada das coisas.
Ser a certa dá muito trabalho! Você tem que cuidar de todas as pessoas que vc ama fazendo merda, sendo errada... os outros cuidam de você! Ser a certa, implica a você ouvir coisas que você nunca fez, mas leva a fama pelos outros, sendo errada... se você ganhar alguma fama você pelo menos fez por merecer.

Sendo a certa, você vai sempre buscar pelas pessoas que você ama, mesmo elas cagando pra você. E as pessoas podem cagar pra você de diferentes maneiras. Uma delas é quando vocês brigam e param de se falar, essa é justa, apesar de idiota, justa. A outra, e pra mim a pior, é quando as pessoas simplesmente te esquecem, aí eu me pergunto: "Poxa, o que eu fiz?" E milhões de resposta vêm à minha cabeça. Eu não fui uma boa amiga, eu não estava sempre presente, ou eu sempre fui um lixo e nunca signifiquei alguma coisa.
Mas sabe? Com a minha mania de certa eu que sempre era o refúgio dos outros. Quando eu tava na merda alguém ligou? Alguém mesmo me procurou? Alguém mesmo se importou ou achou que eu ia superar tudo sozinha? Alguém me procura para saber como eu me sinto? Alguém se interessa pelos meus novos segredos, pelos meus novos fatos, pelas minhas novas mudanças? Ou foi tudo um período rápido e de repente eu parei de ser A garota? É isso que as pessoas querem? A garota? E sinceramente, eu não gosto de ser a amiguinha. Ou eu sou a melhor amiga, ou você me joga no lixo... mas ser indiferente? Ser a coleguinha? Ser a 2ª opção? Desculpa, mas eu sou muito orgulhosa para isso.


Mas sabe? Eu acho que no fundo sou até tolerante demais, já vi pessoas terminando amizades por menos. Mas meu defeito/qualidade é que eu sempre perdoo. Falar que eu sou rancorosa? Não, não sou. Não guardo nada em mim, desde que a pessoa tenha se arrependido e me pedido desculpas, eu as aceito numa boa, porque eu não nego a minha necessidade. Eu não nego que ainda acredito que todos têm um lado bom, que todos somos humanos, que todos erramos, e que é sempre sem querer. Nesse quesito posso até ser ingênua, sim, acredito plenamente no que me dizem, porque eu não sou de mentir, perdoo todos, fato! Acredito no arrependimento de cada um.

Eu sei, eu sou idiota.