A vida é minha, e eu conto ela do jeito que eu quiser!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Trancados num quartinho,
Num mundinho só de nós três
Canta mais um pouquinho, mesmo que baixinho
Porque assim eu não ouço os gritos lá fora
E assim vocês não ouvem os gritos aqui dentro
Aqui dentro de mim.

E olha só onde a gente foi parar
Nós três pela última vez de novo,
Outra vez pra se lembrar
Essa é a hora para contar segredos
E desvendar onde a felicidade se escondeu.
Ou será que ela se perdeu em alguma mudança?

A noite passa pacífica
Da cama para os lençóis no chão
E os três alternam seus lugares
Ou sempre juntos abraçados
Se protegendo do frio
Ou só uma desculpa para ficarem abraçados

Mas amanhã o despertador toca cedo pra dois deles
E um tem uma obrigação maior a cumprir
O outro foge, obrigado, ou por que quer.
Ou nem foge, só se refugia
E o outro dorme pra depois cumprir a rotina
E esperar o que fugiu voltar, e talvez nem volte.

Mas enquanto somos nós três, cante mais uma música
Canta baixinho, só pra gente ouvir
Sendo velha com certeza, e talvez do sertão
E eu não gosto, nem ela e nunca mais vamos ouvir
Mas a música não importa.
Só canta

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

I can't do it alone


Volte, se você está falando merda pra mim
Beije, se você se faz de puta pra mim
Acumule tudo, se você é tão rico quanto eu
Meu pai tem uma empresa, e o resto é a porra de uma mentira.
Isso não é uma música romântica
Isso não é um coração cantando só porque ele está sozinho
Isso não é uma música de amor
Isso não é uma baladinha afogada em whiskey
Então me diga minha linda, como eu faço para permanecer forte e te levar pra casa?
Porque eu não consigo fazer isso sozinho.
Ah não! Eu não estou impressionado com você
Drinks rosas, parece ser o seu melhor
Festa até tarde e dorme até o sol se pôr
Eu conversaria, mas você tirou a minha língua
Eu posso te chamar lá fora e reclamar que a chuva está pior
Mas é muito melhor eu colocar a culpa em outra pessoa
Então me diga minha linda, que essa casa não é um cemitério
Me diga como permanecer forte e te levar para casa
Porque merda! Eu não consigo fazer isso sozinho
"- Amiga, lembra quando a gente chorava por pouco?

- Lembro.

- Como era deprimente. A gente chorava pelos garotos que não gostavam da gente, e a gente jurava que eles eram os amores das nossas vidas, comecinho da adolescência...



E alguma coisa mudou? Continuo chorando por pouco. Por alguém que não faz questão de uma maquiagem borrada, alguém que não se importa de ter colocado lágrimas nos meus olhos. Então o amor acabou. Sim, continuo chorando por pouco, por me importar, continuo dando de presente o meu orgulho. É, o choro não muda, o riso não vem, e ouço as mesmas músicas para arrumar a bagunça. Mesmo que eu me recuse a esperar, mesmo que eu fale que minhas esperanças morreram o meu coração anseia por alguém, mas essa urgência, como todas as outras, é apenas ignorada."